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Agosto Branco: campanha para conscientização sobre câncer de pulmão

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Instituto Nacional do Câncer prevê mais de 30 mil novos casos para 2020, no Brasil. Em 2017, doença foi responsável por 27.931 mortes e tabagismo é o principal fator de risco

De todos os tipos de cânceres diagnosticados no Brasil, a patologia de pulmão corresponde a 13% deles. Essa informação é do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que também divulgou a estimativa de 30.200 casos para o ano vigente, sendo 17.760 em homens e 12.440 em mulheres. Em Goiás, a cada 100 mil habitantes, estima-se que apareçam 510 casos em cidadãos goianos e 430, em goianas. O acompanhamento médico auxilia na descoberta precoce e, consequentemente, no tratamento.

O cirurgião torácico do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), André Luiz Carneiro, alerta que o tabagismo é o principal fator de risco que contribui para o surgimento da doença. “O câncer de pulmão é, portanto, muitas vezes evitável, pois há a estimativa de que o consumo de derivados de tabaco esteja associado a 85% dos casos diagnosticados no País”, observa. Por esse motivo, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitável, no fim do século XX, segundo o INCA.

Carneiro reforça que a doença manifesta sintomas já em fase avançada, por isso, “é essencial que pessoas fumantes, ativas ou passivas, façam um acompanhamento anual com cirurgião torácico ou pneumologista”. O profissional recomenda uma tomografia computadorizada da região do tórax, por ano, a ser apreciada pelas especialidades citadas anteriormente, por terem mais conhecimento em avaliação de nódulo pulmonar. Assim, a descoberta em fase inicial, contribui para maior sucesso do tratamento, que pode ser cirúrgico, quimioterápico e/ou radioterápico.

Em estágio avançado, o câncer de pulmão provoca falta de ar, dor torácica, perda de peso e tosse. E a probabilidade de metástase ocorre em órgãos como o próprio pulmão (por poder atingir uma parte não afetada, anteriormente), cérebro, ossos e fígado. Apesar do cigarro e seus derivados serem os principais causadores de câncer pulmonar, “a poluição também é um fator preocupante, pois há pesquisas que nos mostram que a cada 2 horas respirando um ar poluído, equivale ao consumo de um cigarro”, observa.

Apesar de efetivas campanhas para inibir o consumo do tabaco, dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgados em julho de 2019, revelam que quase 10% da população brasileira acima dos 18 anos é fumante. “No consultório, assisto pessoas de meia idade que não conseguiram parar de fumar pelo vício alimentado há décadas. Mas, mesmo sabendo dos malefícios, os jovens começam a fumar para se sentirem enturmados. É preciso reforçar que a cada hora de uso do narguilé corresponde a fumar 100 cigarros. Será que vale à pena mesmo procurar uma doença tão séria com as próprias mãos?!”, indaga o médico.

Assessoria de Comunicação | INGOH