Alternativas para suporte na luta contra o câncer de mama

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Doença pode mudar aparência física com queda de cabelos, mas touca inglesa aumenta as chances de manutenção dos fios e melhora autoestima das pacientes

Todas as etapas da luta contra o câncer de mama são difíceis para as pacientes. O diagnóstico, já carregado de medo e incerteza; o tratamento com efeitos colaterais, por vezes inevitáveis; e também o questionamento de terceiros a cada mudança física apresentada. Tudo isso mesclado ao receio de o plano terapêutico não surgir efeito ou ter de enfrentar isso tudo novamente, caso o câncer apresente recidiva. Por isso, todo suporte disponível para reduzir os efeitos do tratamento sistêmico e melhorar a qualidade de vida do paciente com câncer é bem-vindo.

“A quimioterapia prescrita contra o câncer de mama, muitas vezes, faz com que o paciente sofra queda dos cabelos, ou alopecia, normalmente cerca de 14 dias após o primeiro ciclo. Apesar de transitória, trata-se do efeito colateral mais temido pelas mulheres. Então, se pudermos oferecer opções para tentar evitar a alopecia, seria um estímulo para o paciente enfrentar o tratamento com mais otimismo e qualidade de vida ”, observa o oncologista clínico do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), Leandro Gonçalves.

A alopecia citada pelo médico é a queda de cabelos ocasionada por medicamentos quimioterápicos. Para combater esse efeito colateral, algumas mulheres optam por usar a touca inglesa, que ganhou fama nacional ao ser utilizada pela atriz e apresentadora Ana Furtado, durante sua luta contra o câncer de mama. A crioterapia capilar evita ou reduz a queda de cabelo induzida pela quimioterapia devido ao resfriamento do couro cabeludo, que diminui o fluxo de sangue na região e, consequentemente, a quantidade de droga absorvida pelas células foliculares – responsáveis pela divisão celular dos cabelos.

Vanessa César, psicóloga que enfrentou o tratamento contra o câncer de mama no INGOH, optou por usar a touca inglesa. “A vaidade não é supérflua, pois ela reflete de forma direta na autoestima de qualquer pessoa. Com a manutenção dos meus cabelos, consegui focar no meu tratamento e dividir essa luta apenas com as pessoas que eu escolhi, pois evitei a exposição de uma condição de doente”, relata a profissional.

Leandro Gonçalves alerta que as indicações para uso da crioterapia precisam ser discutidas caso a caso com o médico assistente, assim como as chances de preservação dos cabelos, conforme o esquema de quimioterapia utilizado.

Assessoria de Imprensa | INGOH