Atividade física para superar o câncer de mama

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Reportagem do programa Globo Esporte, na TV Anhanguera, mostra como corrida de rua ajuda paciente a superar doença

“A prática de atividade física é uma aliada no tratamento do câncer. Os pacientes que fazem exercício de forma regular costumam ter uma melhor aderência e mais tolerância ao tratamento. Além disso, alguns estudos científicos, também, indicam que ele é capaz de reduzir a incidência de alguns tumores”. As informações são do oncologista Leandro Gonçalves, membro do corpo clínico do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), em entrevista para a TV Anhanguera, filiada Globo, em Goiás.

A estatística a qual Gonçalves se refere é corroborada por Frank Braga, mastologista do INGOH e atual presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Goiás. De acordo com o especialista, a associação de atividade física e alimentação balanceada reduz em até 28% as chances de uma pessoa desenvolver câncer de mama.

Braga reforça, ainda, que, além da prevenção, o diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento e que os exames de imagem são fundamentais para rastrear lesões ainda em estágios iniciais. “É essencial fazer o autoexame das mamas, independente do sexo, mas devemos estar atentos que essa avaliação física detecta apenas aquelas lesões maiores, que já são palpáveis. As imagens, ao contrário, conseguem identificar lesões ainda em estágios iniciais. O que colabora muito para o tratamento”, observa. Apesar da importância dos exames de imagem para homens, não existem diretrizes de rastreamento com mamografia para eles.

História da vida real

Welton Nascimento, 57 anos, é um sobrevivente da doença e descobriu o câncer de mama ainda em estágio inicial. Ele foi diagnosticado em 2015, após notar uma pequena ferida na mama direita. “Sempre viajo para o Rio Araguaia e, naquele ano, observei que tinha uma espécie de espinha no meu peito. Não fiquei preocupado. Depois que voltei, vi que aquilo não sarava. Procurei vários médicos, até que consegui o diagnóstico com o Dr Frank”. Nascimento passou por cirurgia, quimioterapia e radioterapia e, há cinco anos, toma comprimidos anti-hormonais.

“Eu levei um susto tão grande, pois não sabia que homem também podia passar por isso. Foi bastante constrangedor, inclusive, pois na sala de espera do médico só eu era homem. Eu até levava a minha esposa nas consultas para pensarem que ela era a paciente e eu o acompanhante”, lembra o paciente. No entanto, “eu não deixei me abater com esse diagnóstico. Principalmente depois que o Dr. Leandro falou sobre a importância da atividade física, passei a correr diariamente. Já participei de maratonas e, por incrível que pareça, vi a minha vida melhorar depois do câncer”, relata.

Os homens também devem se preocupar com a saúde das mamas, pois eles estão sujeitos a sofrer com câncer nessa região. Para se ter uma ideia, mais de 600 homens brasileiros devem ser diagnosticados com a neoplasia, em 2020, de acordo com estatísticas divulgadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). Como as informações sobre esse assunto ainda são pouco difundidas entre a população masculina, isso faz com que o acompanhamento médico especializado seja acionado já quando o tumor se apresenta em estágio avançado.

Corrida de Rua

Após o diagnóstico, Welton Nascimento viu na corrida de rua uma fuga para aliviar as tensões do tratamento que ainda precisaria enfrentar. Essa história foi contada em reportagem da TV Anhanguera, dentro do programa Globo Esporte. Confira material na íntegra:

Assessoria de Imprensa | INGOH