Câncer de Glória Maria: Entenda o quadro evolutivo da jornalista e saiba da importância da prevenção

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Perdemos uma das jornalistas mais importantes da TV brasileira. Entenda melhor o quadro clínico evolutivo de câncer que culminou em sua morte.

 

Uma perda lastimável para o jornalismo brasileiro, a morte de Glória Maria, aos 73 anos, mexeu com o país na última quinta-feira, 02. no Rio de Janeiro. Acometida pela evolução de um quadro clínico de câncer, a jornalista teve trajetória admirável e inquestionável por todos que a acompanhavam na TV.

Quem foi Glória Maria

Glória Maria é jornalista da TV Globo desde 1971, quando então ficou conhecida nas telinhas pelo estilo jornalístico pioneiro, inovador e desafiador. A repórter já fez reportagem em mais de 100 países, foi a 1ª a entrar ao vivo e em cores no Jornal Nacional e apresentou o programa Fantástico por 10 anos. Em 2010 passou a integrar a equipe do Globo Repórter.

Retrato de Glória Maria Léo Aversa/Agência O Globo

“Eu sou uma pessoa movida pela curiosidade e pelo susto. Se eu parar para pensar racionalmente, não faço nada. Tenho que perder a racionalidade para ir, deixar a curiosidade e o medo me levarem, que aí eu faço qualquer coisa”.

Era assim que Glória se definia. Aos 73 anos, viveu uma bela trajetória que quebrou barreiras e preconceitos como mulher negra e deixou duas filhas: Maria, de 15 anos, e Laura, de 14 anos, que adotou em 2009.

O quadro clínico do câncer de Glória Maria

Em 2019, Glória foi diagnosticada com câncer de pulmão. A doença respondeu bem ao tratamento inicial, realizado com imunoterapia. Posteriormente, a jornalista evoluiu com metástases cerebrais, foi tratada então com cirurgia, que teve êxito.

Porém, nos últimos dias, o tratamento deixou de fazer efeito. Isso geralmente ocorre caracterizando que a doença desenvolveu resistência ao tratamento. A Dra. Wanessa Apolinário, médica especialista do INGOH, explica:

Os tumores de pulmão são os principais causadores de morte por câncer no mundo, com mais de 1,7 milhão de óbitos por ano, aproximadamente. São fatores de risco para este câncer: tabagismo (ativo e passivo), poluição do ar, história familiar e contato com elementos e substâncias químicas.

 É muito comum que essa condição seja descoberta por acaso, através de exames periódicos ou pela ocorrência de algum sintoma, por isso a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

A importância da prevenção

O câncer de pulmão é uma doença silenciosa e que pode acometer qualquer pessoa, porém existem hábitos que são fatores de risco para desenvolvimento de câncer. Por isso, evitar o tabagismo, tanto ativo quanto passivo (quando pessoas fumam perto de você), é primordial.

Sabemos que episódios como o de Glória Maria assustam, mas existe prevenção e tratamento para a maioria dos casos. Manter as consultas e exames em dia é fundamental para identificar problemas ainda no início, de forma, que o tratamento seja mais efetivo e menos tóxico.

Como dito, o câncer de pulmão pode ser silencioso, ou seja, o paciente pode não sentir nada nas fases iniciais. Então, recomenda-se para fumantes ativos ou passivos, que mantenham consultas regulares com um oncologista. Converse com seu médico sobre a necessidade de realização de tomografias de rastreamento. E não se esqueça de cuidar da sua saúde e bem-estar, procurando sempre manter hábitos saudáveis.

Nossas sinceras homenagens

A uma das maiores jornalistas e repórteres da TV brasileira, ficam nossas sinceras homenagens e aos familiares e fãs, nossos sinceros sentimentos e nosso notável reconhecimento à bela trajetória de um grande e inquestionável ícone do jornalismo.