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Rastreamento do Câncer Colorretal

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Texto do Dr. Leandro Gonçalves Oliveira, Oncologista Clínico médico do corpo clínico do INGOH

Exames de screening ou rastreamento são aqueles realizados em indivíduos assintomáticos com o objetivo de detectar lesões pré-malignas e câncer em estágio precoce. O câncer de intestino é o terceiro câncer mais comum no Brasil em homens e mulheres. Na maioria dos casos, a doença se desenvolve a partir de lesões chamadas adenomas, de forma lenta, indolor e silenciosa. Todo indivíduo adulto deve ser avaliado e classificado quanto ao risco de desenvolver câncer colorretal:

Risco moderado:

– Idade > 50 anos (cerca de 90% dos casos acometem indivíduos >50 anos)

Risco elevado:

– História familiar positiva de câncer colorretal ou adenomas

– Doença inflamatória intestinal (retocolite ulcerativa e doença de Chron)

– História pessoal prévia de adenomas ou câncer colorretal.

Risco muito elevado:

– Síndromes genéticas familiares de câncer colorretal como Polipose Adenomatosa Familiar e Síndrome de Lynch.

Os exames de rastreamento são classificados como testes capazes de detectar lesões pré-malignas (pólipos), como a colonoscopia, e testes que detectam câncer em fase inicial, a partir da pesquisa de sangue oculto nas fezes, por exemplo.

O Ministério da Saúde recomenda, para a população de risco moderado, assintomática, o início do rastreamento aos 50 anos com a pesquisa de sangue oculto nas fezes, repetido anualmente. Caso o exame seja positivo, deve ser realizada uma colonoscopia.

Diversas sociedades médicas consideram a colonoscopia como método preferido para screening uma vez que visualiza todo o intestino grosso e é capaz de detectar tanto lesões pré-malignas quanto lesões malignas em estádio inicial. A recomendação para indivíduos de risco moderado é realizar o primeiro exame aos 50 anos e repetir após 10 anos caso o exame seja normal.

Pacientes que apresentam sintomas de alarme para câncer, como dor abdominal, emagrecimento e principalmente sangue vivo nas fezes, devem ser submetidos à colonoscopia, e não à pesquisa de sangue oculto nas fezes.

Outros exames também aceitos para rastreamento (a partir dos 50 anos), porém utilizados com menor frequência são: retossigmoidoscopia , enema opaco e “colonoscopia virtual” por tomografia.

Indivíduos com fatores de risco elevado ou muito elevado de câncer de intestino são aconselhados a acompanhar com um especialista devido à necessidade de início dos exames mais precocemente, isto é, antes dos 50 anos de idade, e de forma mais frequente.

Converse com seu médico. Faça sua parte na luta contra o câncer: previna-se!

Câncer de colo de útero

É o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres. No Brasil, para 2010, são esperados 18.430 casos, com um risco estimado de 18 casos a cada 100 mil mulheres.

O surgimento do câncer do colo do útero está associado à infecção por alguns tipos de HPV, que podem ser transmitidos, por exemplo, pelo contato sexual. A maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune; mas uma pequena fração (3% a 10%) das mulheres infectadas desenvolverá câncer do colo do útero.

Células infectadas pelo vírus HPV

A multiplicidade de parceiros sexuais e a iniciação sexual precoce são considerados fatores de risco. Como o uso de preservativo diminuiu o risco de transmissão do HPV, ele é uma forma de prevenção. A vacinação contra o vírus HPV, para prevenção de câncer de colo uterino, é recomendável para meninas entre 11 e 12 anos e mulheres entre 13 e 26 anos, que não receberam a vacina anteriormente.

Outros fatores de risco são o tabagismo, a baixa ingestão de vitaminas e o uso de contraceptivos orais.

A principal forma de prevenção é o teste colpocitológico, conhecido como Papanicolau, que reduz em cerca de 80% a mortalidade por este câncer, a partir do rastreamento de mulheres na faixa etária de 25 a 65 anos, e tratamento das lesões precursoras com alto potencial de malignidade ou carcinoma “in situ”. Recomenda-se, no entanto, que o exame colpocitológico deva ser iniciado antes dos 21 anos, independente do início ou não da vida sexual. Após o início do rastreamento, o intervalo do exame deve ser anual.

Fontes: Instituto Nacional do Câncer (INCA)
Manual de Oncologia do Instituto Sírio Libanês