Câncer de pulmão é a neoplasia que mais mata no mundo. Tabagistas devem se submeter a uma tomografia de tórax por ano para descobrir doença em estágio inicial
O câncer de pulmão é atualmente a doença que mais mata no mundo, se considerarmos a origem de fatores evitáveis. Em escala global, estima-se que, em 2023, serão registrados mais de 2,2 milhões de novos casos. Desses, 32 mil são no Brasil. Diante de dados tão assombrosos, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) criou a Campanha Agosto Branco. O objetivo é levar informação sobre a doença para que as pessoas possam se prevenir e procurar ajuda médica o mais cedo possível.
“O tratamento do câncer de pulmão depende do estágio de descoberta. No início da doença, o câncer de pulmão pode ser tratado com cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Nos estágios mais avançados da doença, o tratamento tende a ser paliativo, com o objetivo de aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente”, explica o cirurgião torácico do INGOH, André Luiz Carneiro.
Agosto Branco – Tratamento e Descoberta do Câncer de Pulmão
Tão importante quanto falar de tratamento, é também alertar sobre a descoberta, uma vez que ela interfere no sucesso do tratamento. “O rastreamento do câncer de pulmão é feito com uma tomografia computadorizada de baixa dose de radiação. Ele é recomendado para pessoas com mais de 55 anos que fumam ou fumaram pelo menos 15 maços por ano, mas, na prática, recomendamos que todos os tabagistas busquem o rastreio anualmente, independentemente da idade e da quantidade de cigarro fumado”, esclarece Dr André Carneiro.
O cigarro (eletrônico ou não) corresponde a cerca de 85% dos diagnósticos de câncer de pulmão e, por ser uma doença silenciosa, quando o paciente apresenta sintomas como rouquidão, fadiga, tosse persistente, dificuldade pra respirar e outros, “já temos casos avançados. Por isso é tão importante fazer o rastreio”, reforça o cirurgião torácico.
Dessa forma, se você apresentar algum desses sintomas, é importante procurar um médico o mais rápido possível. No INGOH, temos equipe especializada para isso. Agende sua consulta e cuide de você – seja para tratamento ou prevenção!
Confira entrevistas que o Dr André Luiz Carneiro concedeu à CBN Goiânia e à Rádio Bandeirantes (a partir de 1h11 de programa) sobre o tema Agosto Branco.
Campanha conscientiza sobre neoplasia e luta contra o preconceito. Doença deve matar mais de 16 mil brasileiros, em 2020, segundo INCA
O penúltimo mês do ano traz consigo a Campanha Novembro Azul, cujo objetivo principal é levar conscientização às pessoas, em especial aos homens, sobre sintomas, tratamentos e prevenção do câncer de próstata. Quando a doença é diagnosticada no início, os médicos trabalham com prognóstico de cura superior aos 95%, no entanto, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 16 mil homens brasileiros devem perder a vida em decorrência dessa neoplasia, em 2020.
As informações são do urologista do Instituo Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), Leandro Ferro – membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia; das Associações Americana e Europeia de Urologia e da Confederação Americana de Urologia. O médico alerta que “o ideal é procurar acompanhamento sem sintomas para que a equipe consiga oferecer um tratamento curativo, e não apenas dar qualidade de vida para o paciente, quando a doença já está em um estágio incurável”.
Ferro pondera que a doença não apresenta sintomas em seu estágio inicial e que este seria o melhor momento para se realizar o diagnóstico e o planejamento de tratamento dos pacientes com intenção curativa. A presença de sintomas urinários pode estar associada a doença já em estágio avançado inviabilizando o tratamento com intenção de cura.
Além disto, outras doenças que acometem a próstata podem levar também a sintomas urinários como a dificuldade e/ou necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite; dor ao urinar, sangramento etc. “Alguns sinais, no entanto, são semelhantes e, por isso, podem ser confundidos com o crescimento benigno da próstata. Então, é essencial o acompanhamento com um urologista para diagnóstico correto”, observa o médico.
O câncer de próstata é o tumor mais frequente (excluindo os tumores de pele) e, apesar de ter um crescimento lento, é o segundo que mais mata os homens brasileiros, ficando atrás, apenas, do câncer de pulmão. “Existem muitos fatores arrolados a essa estatística, mas podemos afirmar que o fato de os homens não procurarem auxílio médico e não frequentarem consultas com urologistas estão entre as principais causas de diagnóstico tardio. Por outro lado, observamos que o rastreamento e o diagnóstico precoce do câncer de próstata podem salvar vidas”, aponta Ferro.
O médico ressalta ainda que a investigação ao câncer de próstata soma exames laboratoriais e clínico, como o PSA (avaliação de taxa sanguínea de antígeno específico da próstata) e toque retal – responsável por grande parte do tabu em torno desse assunto. “Assim como a mulher faz o Papanicolau e examina as mamas, quando vai ao ginecologista, o homem também passa por exames físicos. Mas, claro, os benefícios de se fazer o toque retal são explicados, mas ele só é feito se houver consentimento do paciente”, conta.
“Em pleno século XXI, ainda perdemos vida para o preconceito – o que não deveria acontecer. O diagnóstico do câncer de próstata não representa o fim da linha para estes homens, mas sim uma oportunidade para que se tratem da forma mais adequada e possam seguir em frente“, pondera Ferro. Portanto, durante a Campanha Novembro Azul, “atuamos, também, para levar conscientização à sociedade e, assim, combatermos a desinformação acerca desse assunto”, conclui.
Consideramos o câncer de mama como metastático quando as células malignas provenientes da mama formam nódulos (metástases) em outras partes do corpo. As metástases podem ser detectadas ao diagnóstico do tumor na mama (menos comum) ou surgir com o tempo, mesmo após cinco anos, dependendo do subtipo de câncer de mama. Os locais mais comuns de metástases por câncer de mama são os ossos, fígado, pulmões, linfonodos à distância e cérebro. Infelizmente, nesse estágio o câncer de mama não é curável, porém é tratável. Apesar das metástases, muitos pacientes continuam a viver bem por meses ou anos, mantendo boa qualidade de vida.
Os objetivos primários do tratamento do câncer de mama metastático são estender ou prologar a vida através da estabilização ou redução do crescimento dos tumores e aliviar os sintomas causados pela doença. Este tipo de tratamento é chamado paliativo, já que não tem previsão de término porém não significa que o paciente está em fase terminal.
O tipo de tratamento sistêmico para o câncer de mama metastático pode ser quimioterapia, anti-hormonioterapia, terapia-alvo contra o HER-2 ou BRCA ou imunoterapia. O médico oncologista irá avaliar a melhor opção para cada caso conforme a apresentação da doença, estado clínico do paciente, sintomas, positividade ou não dos receptores hormonais e HER 2 pela imunohistoquímica, presença de mutação do gene BRCA e disponibilidade da medicação. Com o tempo, é comum que as células se tornem resistentes ao tratamento instituído e um novo medicamento precisará ser utilizado.
Estudos clínicos com opções promissoras de tratamento são frequentemente disponíveis em grandes centros e são assim boa uma oportunidade de acesso a novos medicamentos.
O diagnóstico de um câncer de mama metastático é na maioria das vezes um choque para o paciente, amigos e familiares. Faz parte do processo tornar-se informado sobre a real situação da doença e todas as opções de tratamento disponíveis. O progresso da ciência traz a cada dia mais novidades e esperanças em um cenário que antes já foi desolador, uma sentença. Hoje o câncer de mama metastático se assemelha mais à uma condição crônica, uma longa e instigante jornada.
Texto publicado no site A Redação, em 3 de outubro de 2020.
Leandro Gonçalves Oliveira é oncologista clínico do Serviço de Oncologia Mamária do
INGOH
Ainda sem fator de risco identificado ou forma cientificamente comprovada de prevenção, principal arma contra essa neoplasia é o diagnóstico precoce
Aproxima-se o fim da campanha Setembro Dourado, mas o alerta de pais, responsáveis e profissionais da saúde deve ser constante. Para conscientizar a população, inclusive a comunidade médica, sobre o câncer infantojuvenil, é essencial divulgar esse assunto, visto que ainda não há formas de prevenção ou fator de risco cientificamente comprovados para evitar a doença. Dessa maneira, a principal forma de tratamento e, consequentemente, de cura é o diagnóstico precoce.
“Tem poucas medidas de prevenção, pois não se pode falar para uma criança parar de fumar, por exemplo. Então, para o controle de câncer em crianças e adolescentes, não se busca a prevenção em termos de hábitos de vida, então, é necessário fazer o diagnóstico precoce. Por isso, a campanha não busca aproximar-se somente das famílias, e sim da classe médica também”, alerta a oncopediatra do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), Renatta Volu.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o Brasil, são previstos quase 8.500 casos, em 2020, com número de óbitos superior a 2.500. “Precisamos falar sobre o assunto para que as pessoas saibam que o câncer também pode acometer crianças e adolescentes, que tem tratamento e que conseguimos reduzir a mortalidade se diagnosticarmos precocemente”, pontua a médica.
Volu reforça que os sintomas para os cânceres infantojuvenis podem se confundir com outras doenças comuns nessa faixa etária, como viroses. “Por isso é essencial o acompanhamento médico para identificar logo no início que a febre está presente por conta de uma leucemia, e não de uma gripe. Pode parecer redundante, mas a chave para esse tratamento é o diagnóstico precoce. Precisamos reforçar essa medida”, indica a profissional.
Segundo o INCA, o câncer representa a primeira causa de morte por doença entre as crianças e adolescentes brasileiros de 1 a 19 anos. Hoje, o instituto aponta estatística de 80% de cura para esse público, desde que tenha diagnóstico precoce. Por isso, é importante ficar alerta a alguns sintomas, como: palidez, hematomas, sangramento, dor óssea, caroços ou inchaços abdominais, perda de peso inexplicada, febre persistente, falta de ar e alterações oculares.
Câncer de colo do útero e ovário figuram entre as principais causas de óbito em mulheres. Outros órgãos do sistema ginecológico também são afetados
Setembro é o mês destinado à conscientização sobre câncer ginecológico, que pode afetar útero, vagina, vulva, ovários e colo uterino. Somente os dois últimos, de acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), serão responsáveis por mais de 23.000 novos casos e 10.000 mortes, em 2020, no Brasil. Para falar sobre esse assunto, a oncologista do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH, Ana Cláudia Lima, concedeu entrevista para a TV Anhanguera, nesta quinta-feira (24).
Segundo a médica, de todos os tumores que acometem as mulheres, o câncer de colo uterino ocupa a segunda posição em incidência nos estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste e é um tumor prevenível. Mais de 90% dos casos estão relacionados à infecção pelo Papiloma Virus Humano, popularmente conhecido por HPV. A infecção pelo HPV pode ser responsável pelo desenvolvimento de verrugas genitais, inflamações ou lesões precursoras do câncer que ao longo de até 10 anos podem se tornar invasivas e causar sintomas como corrimento, sangramento vaginal e cólicas.
“A melhor forma de prevenir a infecção pelo HPV é a vacinação, que está disponível na rede pública e também em serviços suplementares”, reforça Lima. Devem ser vacinados meninas, entre 9 e 14 anos, e meninos de 11 a 14 anos; pacientes transplantados e portadores de HIV, também. A vacina atua na prevenção de quatro tipos de HPV, sendo os que causam verrugas genitais aqueles responsáveis por até 70% dos canceres de colo uterino. “Como a vacina não protege 100% dos casos de infecção por HPV, é importante também fazer acompanhamento regular com o ginecologista e o exame Papanicolau de 25 a 65 anos (idealmente a partir da primeira relação sexual)”, orienta.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e sociedades médicas da área estimam que, com a vacinação efetiva das crianças e a cobertura mais ampla do Papanicolau, haverá redução de 60% na incidência de câncer de colo uterino na próxima geração. “60% a menos de câncer somente pelo fato de prevenir a doença”, salienta a oncologista.
Um outro tipo de câncer ginecológico é o de endométrio, aponta a a camada mais interna do útero e o principal sintoma é sangramento vaginal, após a menopausa, além de dor pélvica e durante a relação sexual. A oncologista aponta que fatores como obesidade, diabetes, histórico familiar, idade avançada, história de infertilidade ou o fato de nunca ter engravidado e a própria exposição por longo prazo ao estrogênio para tratamento da menopausa podem contribuir para o surgimento deste câncer. “Neste caso, combater fatores de risco, reduz as chances de desenvolvimento da doença. Estudos apontam que mulheres que se exercitam diariamente diminuem o risco pela metade, se comparadas ao grupo que é sedentário”, observa Lima.
De acordo com a médica, o câncer de ovário é o câncer feminino mais letal. Ela reforça que não existem exames de rastreamento estabelecidos e em geral os tumores são assintomáticos em sua fase inicial. “Cerca de 70% dos casos são detectados em mulheres acima dos 50 anos e em estágios mais avançados”, esclarece a médica. A profissional reforça, ainda, que os sintomas nessa fase podem ser vagos e mal definidos, como cólicas, aumento do volume abdominal, desconforto urinário e dor na relação sexual.
Cerca de uma a cada cinco mulheres com câncer de ovário apresentam tumores de origem hereditária e o aconselhamento genético é fundamental para acompanhar mais de perto essas famílias. Infelizmente, o acesso a esses testes genéticos ainda é limitado no Brasil, não são disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), mas é regulamentado pelos planos de saúde. “A boa notícia é que o tratamento do câncer de ovário tem avançado e novas medicações e combinações de medicamentos têm sido estudadas para aumentar o tempo e qualidade de vida para essas pacientes portadoras de câncer de ovário”, esclarece.
O tratamento dos tumores ginecológicos depende do tipo tumoral, localização e também do estágio apresentado, além da condição clínica da paciente no momento do diagnóstico. “É necessário em tratamento individualizado e uma equipe multidisciplinar que oriente cada passo da terapia a ser realizada. De forma geral, as pacientes podem precisar de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e em alguns casos terapias alvo e anticorpos monoclonais”, reforça Ana Cláudia, quem também alerta para o fato de que pesquisas com imunoterapia estarem sendo realizadas para alguns destes tumores.
Para finalizar, a médica define: é importante ressaltar que a consulta regular com o ginecologista é extremamente importante para realização e exames periódicos e detecção precoce da doença. Ter hábitos de vida saudável e realizar atividades físicas também são essenciais para esta prevenção.
Mais de 20 mil novos casos são previstos para 2020 e diagnóstico precoce trabalha com chance superior a 90% de cura. Lesões acometem região da face e mexem com a identidade do ser humano
Câncer de cabeça e pescoço é uma denominação dada para os tumores que acometem boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide ou seios paranasais. O câncer de cabeça e pescoço pode afetar funções que interferem na qualidade de vida do paciente. Quando postergado o tratamento, respiração, fala, paladar, olfato e deglutição podem ser prejudicados, além de causar deformidades em áreas que fazem referência à identidade do indivíduo, como a face.
As informações são do cirurgião de cabeça e pescoço do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), Teylor Gerhardt, que concedeu entrevista à TV Anhanguera, na manhã desta quinta-feira (23). O profissional alertou para o fato de que, se diagnosticado em estágio inicial, a equipe trabalha com um prognóstico de cura superior a 90%.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 22.840 novos casos de câncer de cabeça e pescoço para 2020, sendo 690 em Goiás. Entre os principais sintomas estão disfonia (rouquidão), disfagia (dificuldade para deglutir), emagrecimento, dor de ouvido, linfonodos (caroços) na parte lateral ou anterior do pescoço, dor ao deglutir, feridas que não cicatrizam em 15 dias e placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua. Enquanto os fatores de risco que mais potencializam o surgimento das lesões são tabagismo (inclusive Narguilé), etilismo e o vírus HPV.
Em homens, os cânceres de esôfago, cavidade oral e laringe figuram entre as principais causas de morte, no Brasil, conforme localização primária do tumor. De acordo com o INCA, em 2018, esses diagnósticos somaram 15.589 óbitos, sendo 6.756, 4.974 e 3.859, respectivamente. Portanto, “é essencial que a população receba mais informações sobre diagnóstico, sintomas e tratamentos para que possamos auxiliar o maior número de pessoas possível, com tratamento cirúrgico menos agressivo e, consequentemente, ofertando mais qualidade de vida aos enfermos”, alerta Gerhardt.
Quimioterapia (QT) é um tipo de medicação utilizada para o tratamento do câncer com o objetivo de evitar seu crescimento, reduzí-lo ou mesmo eliminá-lo completamente. Em geral, a QT é administrada pela veia, mas alguns medicamentos já estão disponíveis na forma de comprimidos (pela boca). Existem centenas de tipos de quimioterapia que podem ser usadas sozinhas ou combinadas.
As principais indicações da quimioterapia são:
a- Curativa: Seu Oncologista fala que a intenção da QT é curativa quando seu uso é capaz de levar à resolução completa do tumor, isto é, cura. Os principais exemplos são os linfomas, leucemias e os tumores de testículo.
b- Adjuvante: A QT é chamada de adjuvante quando é utilizada após o tratamento definitivo, por exemplo, cirurgia, com o objetivo de erradicar possíveis focos microscópicos de tumor. Seu papel é portanto preventivo.
c- Neoadjuvante: Quando queremos reduzir o tumor usando quimioterapia antes do tratamento definitivo, por exemplo cirurgia, com o objetivo de torná-la mais fácil ou menos agressiva, chamamos de neoadjuvante.
d- Conversão: A QT tem a indicação de conversão quando queremos tornar uma lesão irressecável em ressecável. Isto é, quando queremos utilizar a quimioterapia para reduzir o tamanho do tumor para permitir seu tratamento definitivo, na maioria das vezes cirurgia.
e- Paliativa: Quando a cura não é mais o foco do tratamento, mas sim o aumento da expectativa de vida com qualidade, dizemos que a intenção é paliativa.
A legislação brasileira assegura aos portadores de neoplasia maligna (câncer) e outras doenças graves, alguns direitos. Seguem, aqui, algumas informações importantes.
Planos de Saúde:
– Compete ao plano ou seguro saúde comprovar o conhecimento prévio da doença pelo cliente antes da assinatura do contrato. Mas lembre-se, o fornecimento de informações falsas na declaração de saúde implica em fraude, pode levar ao cancelamento do contrato e à cobrança de todo o tratamento, bem como as conseqüências criminais.
– É proibida a limitação do prazo de internação hospitalar, mesmo em UTI, para contratos após 1999.
– Para o câncer de mama é assegurada a cirurgia plástica reparadora, pelo plano de saúde, nos contratos após 1999.
– Alguns planos, como o IPASGO (Lei n o 14.488, 2003), asseguram a isenção da co-participação nos casos de tratamentos crônicos e onerosos, para o titular e seus dependentes do grupo familiar, após avaliação médico e social, levando- se em consideração, a renda familiar e o valor da despesa.
– No caso de problemas com seu Plano de Saúde, entre em contato com o PROCON ou com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – 0800.70119656. Lembre-se que a ANS só regula entidades privadas. Se seu plano for gerido por uma autarquia, como é o caso do IPASGO em Goiás, a ANS não tem como interferir no processo.
O câncer é uma doença desafiadora, e um dos principais problemas é o acesso à informação de como evitá-lo.
A prevenção consiste na prática de estratégias que reduzam a mortalidade e as repercussões físicas, psíquicas e sociais dos cânceres mais prevalentes. Informação sobre prevenção são de fundamental importância.
Exames de screening ou rastreamento são aqueles realizados em indivíduos que não apresentam sintomas com o objetivo de detectar lesões pré-malignas e câncer em estágio precoce.
Conheça as principais tipos de câncer que podem ser evitados com estratégias deste tipo:
A principal característica dos tumores é o crescimento desordenado de células que, sob circunstâncias normais estão sob controle. Quando falamos em quimioterapia, falamos em drogas que inibem o crescimento e a reprodução das células. A grande vantagem é que as drogas são distribuídas para a maior parte do corpo e podem combater as células cancerosas onde quer que elas se encontrem. Infelizmente, essa grande vantagem é também sua grande desvantagem, as drogas não afetam somente as células cancerosas, mas também as células normais, principalmente aquelas que estão em constante renovação, como as da medula óssea, do aparelho digestivo e dos folículos capilares. Felizmente, as células normais têm uma enorme capacidade de repor-se e a maioria dos efeitos colaterais são temporários.
É impossível predizer qualquer efeito colateral em um paciente específico. Há muitos medicamentos e muitos tipos de câncer. Cada pessoa tem uma reação completamente diferente à mesma droga. No entanto, os efeitos colaterais, em geral, podem ser reunidos de acordo com a parte do corpo afetada pelas drogas:
. Aparelho digestivo – náuseas, vômitos, diarréia, obstipação (prisão de ventre), inflamações na boca e garganta.
. Medula óssea – redução no número de:
– células vermelhas (anemia);
– células brancas (leucopenia);
– plaquetas (plaquetopenia ou trombocitopenia).
. Sistema reprodutor
. Queda de cabelos e pêlos – pode ocorrer perda parcial e uma mudança em sua textura e cor. Pode trazer algum aborrecimento, mas esse efeito é temporário e todo o seu cabelo voltará a crescer.
. Emoções
. Outras reações na pele:
– erupções, associados ou não a coceira;
– descoloração, ao longo do percurso das veias, se há irritação do revestimento interno;
– pele seca, por isso sempre utilize cremes ou óleos hidratantes;
– sensibilidade à luz solar (conhecida como fotossensibilidade)- é recomendado usar sempre um filtro solar ou roupas para proteger a pele.
Alguns medicamentos podem causar outras reações. É aconselhável familiarizar-se com as drogas que lhe são aplicadas e com suas possíveis reações. Lembre-se de que cada pessoa reage diferentemente e que os efeitos colaterais são, em geral, temporários.