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Doença tem alta taxa de cura, mas informações ainda são pouco difundidas na população. Hematologista ressalta importância de diagnóstico precoce

Você sabe o que é Linfoma? Esse é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático do organismo, que é composto por órgãos (linfonodos e gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células para o corpo. O sistema linfático tem a função de drenar o excesso de líquido das células para devolver os nutrientes necessários ao sangue e, assim, manter o equilíbrio corporal. A doença pode ser classificada como Linfoma de Hodgkin ou Linfoma não-Hodgkin, a depender do tipo de linfócito afetado. Linfócitos, por sua vez, são células do sistema imunológico, responsáveis por defender o corpo contra agentes invasores desconhecidos.

De acordo com a hematologista do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), Renata Zanzoni, a doença tem boas chances de cura, mas o diagnóstico inicial é importante para o sucesso assistencial. “Estamos falando de uma doença potencialmente curável, com ótimas opções terapêuticas para serem utilizadas e uma boa taxa de remissão com os protocolos utilizados já em primeira linha de tratamento. Para isso, o diagnóstico precoce é essencial, pois é a partir dele que se define a terapia mais indicada”, ressalta a médica.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que mais de 15 mil casos de Linfoma sejam diagnosticados no Brasil, em 2020, entre Hodgkin ou não-Hodgkin, com aproximadamente 5 mil óbitos ocasionados pela doença. Com o objetivo de reverter o quadro, o tratamento varia de acordo com a doença diagnosticada e pode contar com poliquimioterapia, radioterapia e imunoterapia. Para se ter uma ideia, o Linfoma não-Hodgkin tem cerca de 40 subtipos, por isso, o acompanhamento de um médico especialista é fundamental.

Entre os sintomas iniciais do Linfoma constam aumento dos linfonodos, popularmente conhecidos por íngua, do pescoço, das axilas e/ou virilha; suor noturno excessivo, febre, coceira na pele e perda de peso acentuada, sem causa aparente. “Nem todo inchaço ganglionar é câncer, mas ele indica que algo está em desequilíbrio no corpo, então, deve ser investigado”, alerta Zanzoni. Para diagnóstico adequado, inicialmente, biopsia e análise patológica são recomendadas.

Algumas substâncias químicas estão relacionadas à ocorrência do Linfoma. Diante disso, segundo o INCA, estudos como o Health Agricultury Health demonstram que trabalhadores rurais têm maior risco de desenvolver Linfoma não-Hodgkin, possivelmente pela exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras e outros. No Linfoma de Hodgkin, o principal fator de risco está associado ao sistema imune comprometido, como portadores do vírus HIV e pacientes que fazem uso de imunossupressores – remédios indicados após realização de transplantes, para evitar a rejeição do órgão.

O Linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin, portanto, são doenças de origens distintas e, consequentemente, se diferenciam em patologias distintas. Por isso, para maior esclarecimento da população, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, em 15 de setembro, com o objetivo de levar mais informações ao público em geral e, assim, mais vidas serem salvas. Para isso, o acompanhamento médico é fundamental, mesmo em tempos de pandemia.

Assessoria de Imprensa | INGOH