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Correio do Afeto – ação humaniza processo de doação de sangue

Para celebrar o Dia Mundial da Gratidão, pacientes que necessitam de sangue durante tratamento escrevem cartinhas de agradecimento para doadores. Recados emocionam destinatários

O Dia Mundial da Gratidão, celebrado nesta segunda-feira (21), tem sido comemorado no Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH) e de um jeito muito carinhoso. Alguns doadores de sangue estão sendo surpreendidos com cartinhas de agradecimento, escritas por pacientes assistidos na unidade de saúde e que necessitam de sangue durante o tratamento. A ação foi pensada para humanizar ainda mais a assistência, ato que faz parte da rotina do INGOH. Importante ressaltar que o sigilo entre doador e receptor foi mantido, pois os pacientes fizeram uso de sangue doado em outra ocasião.

Estreitar o elo existente entre doador e receptor é uma forma de demonstrar na prática a importância da doação de sangue. Pensando nisso, o INGOH idealizou o Correio do Afeto, iniciativa que possibilita aproximar as duas partes desse processo. Os recadinhos emocionaram os destinatários, que seguravam nas mãos uma prova do quanto a atitude voluntária da doação de sangue é essencial para salvar a vida de alguém.

“Amor e caridade são a essência da vida”. Norteado por essa frase, o policial militar Gilmar de Barros Vieira doa plaquetas no INGOH desde o início da década de 2000 e, nesse tempo, já completou 240 doações. “A gente tem que fazer algo pelo próximo e doar é uma forma de ajudar a quem precisa. Aproveitando o Dia Mundial da Gratidão, eu sou muito grato por poder estar aqui fazendo essa doação. É com muita alegria que venho e com muito orgulho que sou doador!”, enfatiza Vieira.

Leandro de Paula Carrijo, consultor de vendas, também é doador de longa data no INGOH. Ele fez a sua primeira doação em 1999 e afirma que “é um gesto que não me custa nada e pode ajudar muita gente. Se eu posso salvar vidas e não me causa mal algum, por que não o faria?!”, completa Carrijo. Ele também foi surpreendido por um recadinho emocionado. Esse, inclusive, foi escrito pela enfermeira Joyce Camargo, que é lotada no setor de Quimioterapia do INGOH. Para a profissional “a atuação dos doadores reflete diretamente no nosso trabalho. Eles são essenciais para nos ajudar a salvar vidas aqui”, relata.

Na outra ponta, Sofia Marques, de 5 anos, faz acompanhamento para controle de anemia falciforme, no INGOH, cujo tratamento precisa de transfusão sanguínea. Além do Correio do Afeto oficial, ela fez questão de produzir uma linda pintura: uma menina rodeada por corações. “Fiz esse desenho porque eu quero espalhar amor no mundo e agradecer por tudo”, conta a pequena.

Geilson Costa doa sangue, em Goiânia, há 4 anos, e conta que nunca recebeu uma cartinha assim. Ele foi surpreendido com o agradecimento de uma paciente que preferiu se identificar por Delfina. No Correio do Afeto ela escreveu: foi uma doação como a sua que ajudou a salvar a vida do meu neto, por isso, sou eternamente grata. Costa fez questão de agradecer o recado e completou que “doar sangue é a forma mais genuína de amor e carinho para com o próximo, pois você não escolhe quem vai receber, não sabe cor, sexo, religião, nada… você só sabe que vai ajudar a salvar a vida de alguém. Quem ama de verdade, pode doar sangue, pois é a melhor forma de demonstrar o seu amor”.

Para finalizar, Carrijo, que já tem quase 150 doações no INGOH, fez questão de fazer uma convocação: convido outras pessoas a virem doar também. Não dói. Não incomoda. E salva a vida de muita gente. Venham doar sangue! Esse apelo também foi acompanhado pela mensagem de Geilson Costa. Ele corroborou a chamada de Carrijo e completou “doe sangue você também!”.

Assessoria de Imprensa | INGOH

Sobre doação de sangue

Sangue é uma substância nobre, responsável pelo transporte do principal combustível de nosso organismo, o oxigênio. Apesar das inúmeras tentativas de se criar um substituto, ainda não pode ser produzido industrialmente. Diariamente, milhares de pessoas precisam de sangue. Sem sangue, a saúde entra em colapso. Não é tarefa fácil manter os estoques. Por isso, cabe a cada um de nós pensar de que maneira um gesto espontâneo como esse pode mudar para sempre a vida de alguém.

Pessoas saudáveis podem e devem doar. Lembre-se: pode ser que um dia alguma pessoa de quem você goste muito (parente, amigo) venha a precisar de sangue. Inclusive você mesmo!

Grupos Sanguíneos

Antes de mais nada, os componentes do sangue:
O sangue é composto por plasma, onde células especializadas estão suspensas:

– Glóbulos vermelhos (eritrócitos), responsáveis pelo transporte de oxigênio para os tecidos;

– Glóbulos brancos (leucócitos), responsáveis pela proteção contra infecções;

– Plaquetas, que ajudam a manter o sangue dentro do vaso, fazendo parte do sistema de coagulação

Todas as células sanguíneas desenvolvem-se a partir de células precursoras (também chamadas de células mãe ou stem cells), produzidas principalmente na medula óssea.

O plasma contém proteínas, substâncias químicas, fatores de coagulação e diversas substâncias metabólicas.

O que são  antígenos?

A superfície dos glóbulos vermelhos é revestida com antígenos, que são partículas ou moléculas capazes de deflagrar a produção de anticorpos específicos (esse conhecimento permite a utilização destes anticorpos específicos em testes laboratoriais para identificação dos antígenos). Os antígenos podem ser de natureza bioquímica variada, podendo ser compostos por carboidratos, lipídeos, proteínas ou uma mistura desses compostos. Estão sempre ligados a componentes da membrana celular.

O que são grupos sanguíneos?

O sistema de grupo sanguíneo é uma coleção de um ou mais antígenos que estão sob o controle de um único gene ou de um conjunto de genes homólogos estreitamente ligados. Trinta e cinco sistemas de grupos sanguíneos (342 antígenos de células vermelhas) são reconhecidos pela International Society for Blood Transfusion.

A relevância destes antígenos se encontra principalmente no contexto das transfusões de sangue e dos transplantes. Estas moléculas de superfície podem levar a uma resposta do sistema imune, que pode destruir as células transfundidas ou transplantadas, gerando uma série de consequências graves, podendo levar, inclusive, ao óbito de quem as recebe. Além disso, alguns antígenos de superfície de hemácias têm funções celulares com relevância clínica, como o sistema MSN, que funciona como uma chaperona, que são proteínas que ajudam a consertar erros na fabricação de outras proteínas. Outros grupos são alvos de ataque imune em certas infecções, como ocorre com o sistema Duffy e MSN, que podem funcionar como receptores de certas espécies de malária. Além disso, alguns são receptores de citocinas (extenso grupo de moléculas envolvidas na sinalização entre as células) e que são importantes na resposta que o corpo orquestra contra infecções