Dia Mundial sem Tabaco alerta pacientes a largarem o vício e a investirem em qualidade de vida
Seja na rua, dentro do carro, na mesa de um restaurante ou em casa, quando vem a vontade, o cigarro se torna parceiro fiel de quem precisa dele para sustentar o vício. O hábito, muitas vezes ligados a causas emocionais, é um dos principais fatores de risco para o câncer de pulmão. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 85% dos diagnósticos, os tumores estão relacionados com os derivados do tabaco.
No ano passado, foram registrados 32.560 casos no país, sendo 18.020 em homens e 14.540 em mulheres. Mais de 28 mil brasileiros morreram em 2022 vítimas da doença, de acordo com dados do Instituto. As substâncias presentes no cigarro, sejam eles os convencionais ou eletrônicos, são altamente cancerígenas e atingem diretamente as células pulmonares causando lesões permanentes.
O cirurgião torácico do Instituto Goiano de Oncologia e Hemoterapia (INGOH), André Luiz Carneiro, reforça que quem tem o hábito de fumar deve procurar ajuda. “A prevenção do câncer de pulmão começa com a suspensão imediata do vício. A mortalidade entre fumantes é de aproximadamente 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram”, explica o cirurgião. O médico orienta que pacientes tabagistas devem redobrar os cuidados marcando consultas regulares e fazendo o rastreamento do câncer de pulmão.
O Dia Mundial sem Tabaco, criado pela Organização Mundial da Saúde e celebrado no dia 31 de maio, visa chamar a atenção de toda a população mundial e incentivar hábitos saudáveis de vida, como prática de exercícios e boa alimentação.