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Síndrome Mielodisplásica (SMD) – parece uma anemia simples, mas não é!

A síndrome mielodisplásica é uma forma de anemia crônica que aparece com ou sem outras alterações nas células do sangue.

 

Para manter uma quantidade estável de células no sangue, é necessário que este seja produzido continuamente pela stem cell (ou célula tronco), que origina todas as células do sangue e se encontra na medula vermelha dos ossos, também chamado de tutano. As stem cell são células pluripotentes que vão se proliferando e diferenciando até que se tornam células maduras. Em um determinado ponto da diferenciação já conseguimos dizer qual célula será originada. Podemos visualizar, por exemplo, linfoblastos e linfócitos. Chamamos estes últimos de linhagem linfoide. Todas as outras células da medula (que não são da série linfoide) são de linhagem mieloide. Assim, os eritroblastos originam hemácias, os megacariócitos originam plaquetas, os mieloblastos originam os neutrófilos, eosinófilos, basófilos e os monoblastos dão origem aos monócitos.

 

Nas Síndromes Mielodisplásicas (SMD), uma doença da série mieloide, a medula óssea não funciona normalmente, podendo apresentar células anormais e não produzir células sanguíneas maduras normais e/ou em quantidade suficiente. Em outras palavras, pode a stem cell pode proliferar, mas a diferenciação é anormal e a produção de células maduras não é eficiente, o que é percebido no hemograma como uma redução nas células do sangue, que pode afetar uma ou mais séries (vermelha, branca e/ou plaquetas). É considerada uma doença que apresenta potencial relativo de se transformar em Leucemia Aguda nos anos subsequentes.

 

Algumas pessoas com SMD não têm sintomas. Quando têm, esses sintomas podem ser tontura, fraqueza ou cansaço, dificuldade para respirar e até dificuldade de pensar claramente, que são sinais de anemia. Podem apresentar manchas roxas ou sangrar mais facilmente, que são sinais de plaquetas baixas. Outra situação que chama a atenção para a necessidade de avaliação especializada é quando se tem infecções de repetição (secundário à redução das células de defesa, chamadas de neutrófilos), principalmente quando há necessidade de uso de antibiótico mais do que três vezes ao ano.

 

Os principais exames para avaliar se existe a SMD são o hemograma (que avalia as células no sangue periférico: hemácias, leucócitos e plaquetas), o mielograma (que avalia as células da medula óssea) e o exame de citogenética (que avalia a presença de alterações nos cromossomos, onde se encontra nosso material genético). Recentemente alguns painéis moleculares (NGS mieloide) vêm sendo disponibilizados e são úteis quando os exames acima não foram conclusivos. Servem também para estabelecer o risco da doença. Os exames de biópsia de medula (histopatológico) e de imunofenotipagem, além do ferro medular também são muito úteis em determinadas situações tanto para diagnóstico quanto para classificação da SMD. É importante saber quantas e quais são as citopenias (quantas e qual a gravidade da anemia, leucopenia e/ou plaquetopenia), se há e qual é a alteração citogenética e qual a porcentagem de blastos na medula. Esses fatores são considerados prognósticos e existem alguns escores que ajudam o médico na decisão terapêutica.

 

O tratamento vai depender, em grande parte, do subtipo de SMD, dos sintomas apresentados e da idade do paciente. A maioria dos tratamentos não cura, mas podem melhorar os sintomas e ajudam o paciente a se sentir melhor. Para isso, pode ser necessário transfusões de sangue e medicamentos como os fatores de crescimento hematopoético. Alguns quimioterápicos, como a azacitidina e a decitabina, também podem ser utilizados em grupos de alto risco e, recentemente, a associação desses medicamentos como venetoclax (inibidor do BCL-2) vem sendo indicada para casos selecionados. Inúmeros medicamentos vêm sendo testados para pacientes com algumas alterações moleculares específicas. A lenalidomida, por exemplo, já é indicada há muitos anos para pacientes com deleção 5q. O transplante de medula óssea (atualmente chamado de transplante de células tronco hematopoéticas, ou TCTH) é recomendado para pessoas dos grupos de maior risco, menores de 75 anos, sem comorbidades relevantes e que tenham um doador, não sendo recomendado para pessoas com menor risco de doença. Apesar de liberado até os 75 anos, pacientes com mais de 60 anos, que tenham condições clínicas de receber o transplante, devem receber regimes de condicionamento de intensidade reduzida.

 

Texto elaborado e revisado por
Dra. Mireille Guimarães Vaz de Campos  
Médica  do corpo clínico do INGOH
Especialista em Hematologia – Hemoterapia
CRM-GO 12.406/RQE 22965.

 

Texto revisado em Agosto de 2022.
É permitida a reprodução parcial 
ou total desta obra, desde que 
citada a fonte e que não seja para 
venda ou qualquer fim comercial

 


Referências:
  1. CHAUFFAILLE MLLF. Neoplasias mieloproliferativas: revisão dos critérios diagnósticos e dos aspectos clínicos. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2010;32(4):308-316 (Principal, mas os critérios foram atualizados na última versão do livro da OMS)
  2. FIGUEIREDO MS, KERBAUY J, LOURENÇO DM. Hematologia – Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP-EPM. Manole, 2011.
  3. ZAGO MA, FALCAO RP, PASQUINI R. Tratado de Hematologia. Atheneu, 2014.
  4. CONITEC. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da leucemia mieloide crônica do adulto – Brasília: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2020/PCDT_LeucemiaMieloideCronicaAdulto_CP_02_2020.pdf
  5. SWERDLOW SH ets al. WHO classification of Tumors of Haematopoietic ans Lymphoid Tissue. IARC: Lyon, 2017.

Entendendo os sintomas da anemia

Anemia ocorre quando há uma redução na quantidade de células vermelhas do sangue e pode ser identificada no exame chamado de hemograma.

O sangue é constituído por uma fase líquida, que é chamada de plasma, e vários constituintes celulares que são as células brancas (leucócitos), as plaquetas (trombócitos) e as células vermelhas (também conhecidas como hemácias).

  • Os leucócitos são de diversos tipos (neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos, basófilos) e estão implicados na defesa do corpo.
  • As plaquetas estão comprometidas com o controle de sangramento, evitando assim que o sangue saia de dentro dos vasos, também chamado de sistema vascular.
  • As hemácias, por sua vez, são células  cuja principal função é o transporte de oxigênio através de uma molécula que está dentro da hemácia e se chama hemoglobina. 

Quando há redução na quantidade de hemácias e, portanto, redução na quantidade de hemoglobina, nosso organismo acaba apresentando uma diminuição na capacidade de distribuir o oxigênio. Como nosso corpo é um excelente gestor, ele tem inúmeras estratégias para lidar com essa situação. A estratégia de resposta mais rápida é sobrecarregar o sistema que bombeia o sangue, ou seja, o coração. Assim, quando um paciente tem anemia de instalação rápida, os primeiros sinais são o aceleramento do coração (taquicardia) e o aumento da força de bombeamento do coração (débito cardíaco). Caso o paciente tenha algum problema no coração, ou nos casos onde a anemia é muito intensa, o coração poderá apresentar sinais de falha nesta tentativa de ajuste. Os sinais dessa falha são falta de ar, dor no peito, redução na pressão arterial, além de confusão mental e desmaios, por redução na oxigenação cerebral.

Para evitar essa situação grave, nosso corpo também utiliza formas de adaptação para poupar o coração, através de uma alteração na distribuição do fluxo sanguíneo, predominando a entrega do oxigênio para órgãos nobres como o coração e o cérebro. Dessa forma, haverá palidez cutânea, por redução do fluxo sanguíneo na pele, alterações nas unhas, no cabelo, fraqueza muscular, dentre outros sintomas.

Quando a anemia se instala de forma lenta, ocorrem alterações enzimáticas e metabólicas, que alteram a afinidade do oxigênio pela hemoglobina, permitindo que o oxigênio seja liberado mais facilmente para os tecidos. É por isso que  pacientes com anemia de instalação lenta (deficiência de ferro, por exemplo) acabam tendo menos sintomas que aqueles casos de instalação mais rápida (sangramento agudo, por exemplo).

Independente da causa, os casos de anemia apresentam estes sintomas relatados em comum. Isso não significa que a identificação da causa não seja importante. Se a causa não for identificada, a anemia não poderá ser curada. Sim, a maioria dos casos de anemia podem ser curados se a causa for identificada adequadamente.

Lembre-se que o seu médico é sempre a melhor fonte de informação para o seu caso específico.

 

Quer ler mais sobre o hemograma? clique aqui

Quer ler mais sobre a anemia falciforme? clique aqui

Quer ler mais sobre a anemia por deficiência de ferro? clique aqui

Fique atento a esta página estaremos publicando mais sobre cada tipo de anemia em breve

 

 

Texto elaborado e revisado por
Dra. Mireille Guimarães Vaz de Campos  
Médica  do corpo clínico do INGOH
Especialista em Hematologia – Hemoterapia
CRM-GO 12.406/RQE 22965.
Texto revisado em Junho de 2021.

 


Referências:

Anemia por deficiência de ferro

A “anemia por deficiência de ferro” ou “anemia ferropriva” é o tipo de anemia mais comum. A deficiência de ferro e a anemia por ela provocada são, ainda hoje, problemas de saúde pública e pode ser identificada em até 51% das crianças entre  0 a 4 anos nos países em desenvolvimento. Calcula-se que mais de meio bilhão de pessoas no mundo apresentem deficiência de ferro, em especial nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.

Na verdade a anemia é o ponto final da deficiência de ferro. Nosso organismo é um excelente gestor e dá prioridade ao fornecimento do ferro para a hemoglobina (que transporta o oxigênio para os tecidos) em detrimento de outros tecidos. A anemia, de fato, só aparecerá somente após a extinção dos estoques de ferro. Ou seja, antes de faltar ferro para a hemoglobina, seu organismo vai deixar de fornecê-lo, por exemplo:

  • ao seu cabelo, que pode começar a cair;
  • à sua unha, que pode ficar quebradiça;
  • às células da mucosa de sua língua, alterando o sabor dos alimentos;
  • ao seu sistema neurológico, provocando alterações de atenção e de comportamento;
  • ao seu sistema muscular, reduzindo sua capacidade de realizar esforços físicos que antes conseguia realizar.

A dieta pobre em ferro e o aumento da sua necessidade, devido ao crescimento, são causas importantes de deficiência de ferro, particularmente na infância. Gestantes também necessitam de mais ferro em sua dieta, pois fornecem o elemento para a formação do bebê. Mas, a anemia ferropriva no adulto, na maioria dos casos, não é uma doença e sim um sinal de outra doença, que está provocando perda de sangue, e, consequentemente, de ferro.

A origem da deficiência de Ferro

Causas importantes de perda de ferro no adulto são:

  • perda menstrual excessiva: incluídas aqui não só as mulheres que apresentam hemorragias, mas também aquelas que apresentam perdas acima do normal por toda a vida.
  • parasitismo: problema ainda muito importante em nosso meio. Os mais comuns são: Ascaris lumbricoides, Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Strongyloides stercoralis e Giardia duodenalis.
  • sangramento do trato gastrointestinal: é possível ocorrer sangramento desde o esôfago até o ânus, podendo aparecer como sangue vivo nas fezes ou como sangue digerido (melena: fezes enegrecidas, do tipo “borra de café”). Algumas vezes o sangramento não é tão grande, não altera a cor e aspecto das fezes, mas se se manter por muito tempo pode reduzir progressivamente os estoques de ferro. 

 

Figura 1: Metabolismo de ferro e causas importantes de perda de ferro

Quadro Clínico

Pacientes com deficiência de ferro podem desenvolver o que os médicos chamam de pica. A palavra pica deriva do nome em latim do pássaro pega (magpie, em inglês), notório pelo hábito de reunir objetos variados em seu ninho para saciar sua fome, não discriminando substâncias nutritivas de não nutritivas. Entre exemplos de pica podemos citar: o hábito de comer gelo, arroz cru e tijolo.

Quando há instalação lenta, os pacientes se acomodam à anemia, ou seja, o corpo se adapta e o paciente pode demorar a ter sintomas.  Isso provoca atraso na procura de assistência médica. Enquanto a anemia não for corrigida, seu coração vai trabalhando cada vez mais sobrecarregado, tentando compensar a baixa hemoglobina disponível para oxigenar adequadamente o organismo.

Diagnóstico

O diagnóstico e tratamento da anemia ferropriva pode ser feito por médicos de várias especialidades. A hemoglobina estará abaixo de 12 g/dL para mulheres e abaixo de 13 g/dL para homens e o tamanho da hemácia (VCM) estará menor que o normal, na maioria dos casos (existem tabelas que estabelecem valores normais diferentes para crianças e gestantes). 

O hemograma mostrando VCM e HCM diminuídos caracteriza uma anemia hipocrômica-microcítica. No entanto, estes dados, apesar de úteis, não são diagnósticos. O índice de anisocitose (RDW), quando maior que 15%, tem 71 a 100% de sensibilidade e 50% de especificidade (aumenta quanto menor o VCM). Pode ser observado trombocitose, de até 1.000.000 de plaquetas/mm3.

A ferritina é o exame mais específico para a identificação de deficiência de ferro em pacientes anêmicos. Entretanto, resultados de ferritina elevados podem ser observados na presença de doenças inflamatórias e/ou doenças crônicas. Nestes casos, sugere-se considerar a saturação de transferrina, dada pela razão entre o ferro sérico e a transferrina.

O diagnóstico diferencial da anemia ferropriva deve ser feito, principalmente, com:

– Anemias de doença crônica: acompanham processos infecciosos, inflamatórios ou neoplásicos. A hemoglobina encontra-se levemente alterada (em geral, acima de 10g/dL), a ferritina é normal ou aumentada e a transferrina baixa.

– Beta talassemia: apresenta desde a infância anemia microcítica, com índice de anisocitose (RDW) normal.

Em ambos os casos, pode ocorrer deficiência de ferro concomitante.  A deficiência de ferro pode também estar mascarada por outras condições, como a anemia hemolítica e a deficiência de vitamina B12 ou folato.

Tratamento

Na maioria dos pacientes, a reposição de ferro não deve ser considerada o único tratamento. A causa da deficiência de ferro pode ser definida em até 85% dos casos e este deve ser o grande foco. Quando indicado, deve-se basear na reposição de ferro medicinal, visto que apenas alterações na dieta não são suficientes para corrigir a anemia, principalmente se esta for importante. Quando o ferro utilizado é o sulfato ferroso, é importante ter o cuidado de ingerir o medicamento em jejum, trinta minutos antes das refeições. O leite diminui a absorção do ferro e a vitamina C aumenta esta absorção. Outros sais de ferro não sofrem tanta interferência na alimentação. Deve-se ajustar a dose para a quantidade de ferro elementar contido nos diversos sais de ferro, sendo que a dose de tratamento ideal é de 200mg de ferro elementar/dia para adultos e 1,5 a 2mg de ferro elementar/Kg/ em crianças. 

Os efeitos colaterais se dão principalmente no trato gastrointestinal, principalmente náuseas, cólicas abdominais e diarréia, que, em geral, melhoram com o decorrer da terapêutica. 

A resposta à terapia deve ser monitorizada. A hemoglobina aumenta, em média, 1 g/dL por semana. No entanto, um terço dos pacientes apresentam recaídas, principalmente se a doença de base não foi tratada. Clinicamente, a pica regride em 1 semana, as alterações de pele em 1 a 2 semanas, de língua em 3 meses, da unha em 3 a 6 meses. No caso de falha de tratamento, deve-se descartar outros diagnósticos, má aderência do paciente (investigar se realmente está ingerindo a medicação) e prescrição inadequada.

Quando há complicações da doença de base, com perda de ferro contínua maior que a sua capacidade de absorção (por exemplo, mulheres que ainda não conseguiram controlar o sangramento menstrual intenso)  ou má absorção do ferro (exemplo: pacientes submetidas a gastrectomia redutora) pode-se necessitar de suplementação parenteral (intravenoso ou intramuscular). O tratamento com ferro parenteral é mais efetivo, mais caro e mais perigoso. Devido ao grande número de efeitos colaterais associado  ao uso intramuscular, a via endovenosa vem sendo cada vez mais utilizada, mas a infusão deve ser lenta. Se a infusão for muito rápida, podem ser observados dor, queimação e gosto metálico boca; além de hipotensão, dor de cabeça, urticária, náusea, reação anafilactóide, linfadenopatia, artralgia, mialgia e febre.  

Profilaxia 

A eficácia da suplementação profilática de ferro está concentrada em dois  importantes fatores: os efeitos colaterais gastrointestinais e a dificuldade de manter a motivação. Em pacientes que não se consideram doentes. Em mulheres grávidas, as necessidades do segundo e terceiro trimestre não são resolvidas apenas com dieta e a suplementação está indicada a não ser que mais de 500mg de estoque definido esteja presente (o que corresponde à ferritina de 70). 

Para propósitos de saúde pública, toda gestante deve receber suplementação de 100mg de ferro elementar e 500ug de folato diariamente principalmente no segundo e terceiro trimestre, já que o enjôo matinal no primeiro trimestre pode comprometer a aderência. Este, aliás, é o principal obstáculo, que pode ser atribuído aos efeitos colaterais, mas que deve ser superado através da ênfase de sua importância para a saúde da mãe e do bebê. Na mulher que está amamentando a supressão da  menstruação resulta em necessidades de ferro que se aproximam das mulheres que menstruam, não necessitando de suplementação. 

A OMS sugere programas de suplementação para crianças, sendo indicado 30mg de ferro elementar/dia para crianças em idade pré-escolar, e entre 30 e 60 mg de ferro elementar (dependendo da idade da criança) para as em idade escolar, ambos em cursos de 2-3 semanas várias vezes ao ano. A prevenção de anemia na infância também inclui promoção de aleitamento materno, devido à maior absorção do ferro do leite materno, e a promoção de introdução de alimentos que aumentem a absorção do ferro ou que sejam “fortificados” com ferro. O aleitamento materno cobre as necessidades de ferro até os seis meses, crianças de baixo peso devem receber suplementação a partir dos dois meses.

 

Texto elaborado e revisado por
Dra. Mireille Guimarães Vaz de Campos  
Médica do corpo clínico do INGOH
Especialista em Hematologia – Hemoterapia
CRM-GO 12.406/RQE 22965.
Texto revisado em junho de 2021.

 

É permitida a reprodução parcial 
ou total desta obra, desde que 
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Referências:
  • CAMPOS MGV, FERMINO FA, FIGUEIREDO MS.  “Anemias Carenciais”, Revista Brasileira de Medicina, 2001;  58: 41-50.
  • LEE GR ET. LA. Wintrobe’s Clinical Hematology 10th edition, 1998:243.
  • DEMAEYER EM, ET AL. Preventing and controlling iron deficiency anaemia through primary health care – A guide for health administrators and programme managers. World Health Organization 1989.
  • WHARTON BA. Iron deficiency in children: detection and prevention. Br J Haematol 1999, 106:270.
  • ANDREWS NC. Disorders of iron metabolism, N Engl J Med 1999; 341:1986-95.
  • LIN CK, ET AL.. Comparison of hemoglobin and red blood cell distribution width in the differential diagnosis of microcytic anemia.  Arch Pathol Lab Med 1992; 116: 1030
  • KACHANI AT & CORDÁS TA. Da ópera-bufa ao caos nosológico: pica. Rev. psiquiatr. clín. vol.36 no.4 São Paulo  2009
  • WHO. Haemoglobin concentrations for the diagnosis of anaemia and assessment of severity. Geneva, World Health Organization, 2011 (WHO/NMH/NHD/MNM/11.1) Disponível em: http://www.who.int/vmnis/indicators/haemoglobin.pdf , (visitado em 2021).
  • ZAGO MA, FALCÃO RP, PASQUINI R. Tratado de hematologia. São Paulo : Editora Atheneu, 2013.