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Obesidade Infantil

Hoje, 3 de junho, é celebrado o Dia da Conscientização sobre a Obesidade Infantil. Discussão que tem se mostrado cada vez mais importante, visto que os hábitos adquiridos na infância refletem no resultado da vida adulta. Hoje, de acordo com o Ministério da Saúde, quase 13% das crianças brasileiras são obesas. O número é alarmante, pois o excesso de peso é prejudicial ao organismo, visto que é um fator resultante para o aparecimento de doenças como hipertensão e diabetes.

Desde o nascimento, a obesidade infantil pode e deve ser prevenida, a partir do estímulo exclusivo do aleitamento materno até os seis meses de vida. Depois disso, a alimentação deve ser complementada conforme orientação pediátrica. No entanto, com o passar dos anos, alguns fatores contribuem diretamente para o aparecimento da obesidade, doença perigosa que atinge indivíduos de todas as idades e de todos os níveis socioeconômicos. Hábitos alimentares inadequados, sedentarismo e consumo de alimentos industrializados são alguns exemplos, além dos fatores genéticos e hormonais.

Normalmente, a criança não nasce obesa, mas ela cresce sendo o reflexo do ambiente onde convive. Por isso, não só é fundamental que a família estimule o consumo de frutas, legumes e verduras, mas também que os adultos vivam esse estilo de vida. Afinal, os pequenos imitam gestos e atitudes das pessoas mais velhas da casa. Essencial também que as crianças sejam incentivadas a fazer brincadeiras que exijam movimento corporal, além de não consumir alimentos ricos em açúcar, sal e gorduras.

Esse é um tema que merece atenção, pois, na infância, a obesidade deixa de ser apenas um fator estético, que se torna motivo de bullying entre os colegas. Em processo de desenvolvimento do organismo como um todo, uma criança acima do peso também pode sofrer com problemas cardíacos e até mesmo com a má formação do esqueleto, cujo crescimento se estende até os 18 anos, aproximadamente. A obesidade é um problema grave e de saúde pública, que deve ser tratado com atenção e seriedade, com auxílio médico, inclusive, quando necessário.

Diante do exposto, deixo a orientação para que você, pai, mãe ou responsável, zele pela saúde de seu filho. Escolha alimentação saudável, monte lanches com valor nutricional alto, estimule a prática de atividade física e leve em consideração a maneira com que as escolas atuam em relação à alimentação saudável na infância. Obesidade é uma doença e pode matar!

Samir Stefano – médico nutrólogo do INGOH

Texto publicado no Site A Redação, em 3 de junho de 2020

Inteligência Artificial no combate à Covid-19

Há alguns anos, quando se falava em tecnologia e Inteligência Artificial (IA), muitos imaginavam cenários hollywoodianos, com carros voadores e robôs, que podiam desempenhar atividades domésticas, mas também se rebelarem contra os humanos. O que poucos imaginavam, no entanto, é que, em 2020, a IA teria uma atuação protagonista para salvar a espécie humana de uma pandemia viral, como a Covid-19.

A inovação passou a ser uma das armas de combate ao novo coronavírus, sendo que, em cinco meses, mais de 5,5 milhões de pessoas no mundo foram acometidas, com quase 350 mil óbitos. Com tamanho poder de transmissão, alguns países optaram por investir na produção de algoritmos que pudessem colaborar para diversos setores assistenciais.

Assim como o surgimento do vírus se deu no Oriente, de lá, também, apareceram os primeiros exemplos de automação que deram celeridade ao tratamento e mais proteção ao ser humano. Uma das frentes de atuação que podemos citar ocorreu na própria península de Hubei, epicentro mundial da doença. Lá, imagens de tomografia computadorizada têm sido analisadas por IA para ajudar no diagnóstico inicial da Covid-19. Com leitura convencional, a interpretação do exame leva em torno de 15 minutos; quando automatizada, apenas 10 segundos.

A IA também tem sido utilizada em robôs que ajudam a examinar o paciente com suspeita da doença e a entregar medicamentos para aqueles que já têm diagnóstico concluso. Com o mesmo objetivo de evitar contato direto do ser humano com áreas infectadas, aparelhos autônomos estão sendo usados para limpar o metrô de Hong Kong. No ocidente, nota-se um esforço contínuo para treinar máquinas que possam cruzar experiências bem-sucedidas, em busca do tratamento ideal contra a Covid-19. Suíça e Canadá, por exemplo, têm desenvolvido algoritmos que fazem o diagnóstico desta doença a partir do tipo de tosse apresentada pelo enfermo.

Apesar de ainda termos muito para evoluir, a inovação tem ganhado mais espaço no Brasil, evidenciado pelo surgimento de inúmeras startups com atuação em saúde (HealthTechs), com incentivos de diversos órgãos para elaborar soluções que contribuam para o combate à doença. Diante disso, fica a conclusão de que o desenvolvimento da IA não tem o objetivo de substituir o homem. Trata-se da possibilidade de aumentar o potencial humano, contribuindo para uma inteligência aumentada que promova a simbiose homem-máquina.

Mayler Olombrada – médico cardiologista e gestor de inovação do INGOH

Texto publicado no Site A Redação, em 28 de maio de 2020

No Brasil, quase 2 milhões de crianças são obesas

Data celebra meios de conscientização para problema de saúde pública. Mais que estética, obesidade infantil desencadeia problemas cardíacos e má formação óssea

O Dia da Conscientização sobre a Obesidade Infantil é celebrado em 3 de junho. Discussão que tem se mostrado cada vez mais importante, visto que os hábitos adquiridos na infância refletem na vida adulta. Hoje, de acordo com o Ministério da Saúde, mais de 13% das crianças brasileiras são obesas. O número é alarmante, pois corresponde a quase 2 milhões de crianças, entre 5 e 9 anos, que sofrem com a obesidade, fator prejudicial ao organismo por desencadear o aparecimento de doenças como hipertensão e diabetes.

Considerando a importância do tema, a endocrinologista do INGOH, Marília Zanier, concedeu entrevista à TV Anhanguera para alertar a população sobre os malefícios causados pela obesidade infantil. Ela alerta que, na infância, a obesidade deixa de ser apenas um fator estético, que se torna motivo de bullying entre os colegas. “Em processo de desenvolvimento do organismo como um todo, uma criança acima do peso também pode sofrer com problemas cardíacos e até mesmo com a má formação do esqueleto, cujo crescimento se estende até os 18 anos, aproximadamente”, observa.

A médica ainda atenta que a obesidade é um problema grave e de saúde pública, que deve ser tratado com atenção e seriedade, com auxílio médico, inclusive, quando necessário. Isso porque, de acordo com as Diretrizes Brasileiras de Obesidade, a probabilidade de que uma criança obesa permaneça obesa na idade adulta varia de 50%, se antes da puberdade, a 70%, após a puberdade.

De acordo com relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), divulgado em novembro de 2019, a América Latina e o Caribe são as regiões mais afetadas pela obesidade, no mundo. Em termos absolutos, o número de adultos obesos nesses locais marcava 6%, em 1975, o que correspondia a 760 mil pessoas. Esse percentual, no entanto, quadruplicou em 2019, com 6,6 milhões de adultos obesos, o que corresponde a 25% da população daquela ilha.

A entidade revelou ainda que, somente na América Latina e no Caribe, 600 mil pessoas morrem por ano, devido a complicações de diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares; todas elas, patologias relacionadas à má alimentação. Segundo o estudo, “a alimentação inadequada está associada com mais mortes do que qualquer outro fator de risco, algo que ameaça nossas gerações futuras, já que a obesidade na infância e na adolescência triplicou entre 1990 e 2016”, aponta a conclusão da pesquisa.

Zanier aponta que, desde o nascimento, a obesidade infantil pode e deve ser prevenida, a partir do estímulo exclusivo do aleitamento materno até os seis meses de vida. Depois disso, a alimentação deve ser complementada conforme orientação pediátrica. No entanto, com o passar dos anos, alguns fatores contribuem diretamente para o aparecimento da obesidade, como hábitos alimentares inadequados, sedentarismo e consumo de alimentos industrializados, além de fatores genéticos e hormonais.

Para mudar esta realidade, reforça a médica, “é essencial que as crianças sejam estimuladas a consumir frutas, legumes e verduras. Além disso, também precisam ser incentivadas a fazer brincadeiras que exijam movimento corporal e não consumir alimentos ricos em açúcar, sal e gorduras”.

Entrevista veiculada no Bom Dia Goiás do dia 3 de junho de 2020.

Assessoria de Comunicação | INGOH

COVID-19 X doença crônica: parar tratamento é mais perigoso que sair de casa

No mundo, 1 a cada 11 pessoas tem diabetes e 50% dos brasileiros não sabem o diagnóstico.
Doença mal controlada é prejudicial e agrava quadro de infecção pelo novo Coronavírus

Doenças crônicas descompensadas aumentam o risco de complicações a pacientes que, porventura, adquirirem o novo Coronavírus. “É recomendado que, mesmo compondo o grupo de risco da Covid-19, o paciente continue o tratamento para não apresentar descompensação”, o alerta é da endocrinologista do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), Marília Zanier. A médica chama a atenção para o fato de que pessoas portadoras de patologias como diabetes e hipertensão não devem faltar às consultas previamente agendadas, para não agravar o quadro clínico já existente.

A profissional ainda vai além. Para ela, “essa é a hora de ter acompanhamento médico, seja pessoalmente ou por plataformas de Telemedicina, principalmente, se a pessoa apresentar alguma patologia metabólica, como a diabetes. Manter as taxas de açúcar sob controle, contribui diretamente para que esse paciente não sofra complicações da Covid-19, caso se infecte com a doença”. Associado ao acompanhamento médico, Zanier alerta para a importância de manter hábitos saudáveis durante a rotina domiciliar.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 a cada 11 pessoas no mundo tem diabetes. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que de 2006 a 2016 houve um aumento de 60% no diagnóstico da doença, passando a atingir quase 10% da população brasileira. Mas um número ainda mais alarmante e divulgado pela pasta é de que 50% dos diabéticos desconhecem o diagnóstico. “Por isso, e principalmente nesse período de pandemia, é essencial que as pessoas façam acompanhamento médico”, reforça a profissional.

Cuidados ao sair de casa

A endocrinologia do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), Marília Zanier, indica alguns cuidados que o paciente deve observar ao sair de casa. Segundo ela, é essencial que todos os cidadãos atendam à necessidade de usar máscaras, inclusive durante as consultas. “Fomos orientados nos locais onde atendemos para espaçar o horário da agenda, para que o consultório seja desinfetado entre um paciente e outro; temos cadeiras bloqueadas nas salas de espera, para incentivar o distanciamento entre as pessoas; atendemos com as janelas e portas abertas, para que o ar circule no consultório; e higienizamos as mãos e todos os aparelhos que entram em contato com o paciente”, tranquiliza a médica.

Dessa forma, o risco de contágio do novo Coronavírus é reduzido e a saúde do paciente é preservada, contribuindo, inclusive, para não sobrecarregar o sistema de saúde.

Assessoria de Comunicação | INGOH

COVID-19: como manter a saúde cardiovascular em dia durante a quarentena

Mesmo em ambiente doméstico, rotina de atividade física deve ser mantida para controle de hipertensão, diabetes e obesidade. Aplicativos e aulas ao vivo auxiliam na prática

“O sedentarismo tem impacto negativo na vida do ser humano e isso já está evidenciado em centenas de estudos científicos. Em época de pandemia, precisamos adaptar a forma de praticar atividade física, mas não podemos parar de nos movimentar”, o alerta é do cardiologista Mayler Olombrada. O médico, que também coordena o Setor de Inovação do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), salienta que os aplicativos desenvolvidos para computadores e celulares podem ser utilizados nessa adaptação.

Em período de reclusão, as pessoas tendem a adotar um estilo de vida mais sedentário, o que favorece ao aumento do peso corporal e ao surgimento de comorbidades que elevam o risco cardiovascular, como obesidade e aumento da pressão arterial. Para combater esse quadro, Olombrada observa que há muitas plataformas gratuitas e disponíveis na internet, que podem servir de suporte para manutenção da vida fisicamente ativa, mesmo que em ambiente doméstico. Para ele, algumas questões devem ser observadas.

“Podemos dividir a população em três categorias: saudáveis e assintomáticos, por exemplo, que podem fazer exercícios mais intensos. Tem também aquelas pessoas que sentem eventual desconforto e, em uma consulta convencional, conseguimos orientá-las para atividade física moderada, com resultado efetivo e, ao mesmo tempo, segura para a sua condição de saúde. Um terceiro grupo, no entanto, deve ser submetido a exames mais detalhados, para que a prática de exercícios seja avaliada; os integrantes desse grupo devem aguardar o retorno das consultas ambulatoriais a fim de passar por uma análise mais detalhada”, pondera o especialista.

Com a liberação da Telemedicina pelo Conselho Federal de Medicina e pelo Ministério da Saúde de forma excepcional durante a pandemia, Olombrada salienta que é possível passar orientações seguras e acompanhar os pacientes que apresentam cardiopatias mais brandas. Essa ferramenta, inclusive, foi apontada como uma das que mais cresceu durante o período de disseminação do novo coronavírus. De acordo com estudo divulgado pela consultoria de administração americana Bain & Company, com sede em Massachusetts, a demanda por Telemedicina “explodiu na crise e deve se manter em alta a longo prazo”.

Atividade física

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a realização de exercícios aeróbicos moderados por um período de 150 minutos por semana. Movimentar-se em casa e fazer uso de aplicativos de ginástica podem auxiliar na manutenção do estilo de vida saudável, mesmo durante a pandemia. Mas, o que devemos observar se optarmos pela eficácia da tecnologia?

Cardiologista e gestor do Setor de Inovação do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), Mayler Olombrada esclarece que é importante manter a constância e observar a postura para evitar lesões. Para isso, aplicativos que disponibilizam o vídeo de execução do exercício são indicados, pois proporcionam mais consciência corporal – que também pode ser aprimorada com auxílio de um espelho, que possibilita a visualização do corpo durante o treino. Roupas adequadas e ambiente seguro também precisam ser levados em consideração.

Quando o foco da atividade for ligado ao sistema cardiorrespiratório, é importante ter consciência de que é necessário destinar um tempo para a realização. Ou seja, reservar, pelo menos, 30 minutos do seu dia e se exercitar de forma contínua e concentrada. “Há vários aplicativos gratuitos e muito bons que disponibilizam treinos aeróbicos e resistidos (força), essenciais para manter uma boa saúde cardiovascular e para fortalecer a musculatura”, pontua o médico.

Olombrada concedeu entrevista sobre esse assunto à TV Anhanguera, filiada Globo, e, na oportunidade, alerta outro fato importante neste período de pandemia, para que os pacientes em tratamento médico não interrompam suas medicações. O especialista observa que “todos os dias são divulgadas notícias sobre benefício de determinadas drogas e risco que outras causariam em pacientes acometidos pela COVID-19. A recomendação, no entanto, é para manter o tratamento ambulatorial, que eventualmente será modificado pelo médico em caso de uma internação”.

Confira o vídeo com a participação do médico e lembre-se, também, de cuidar da saúde emocional. O médico indica que técnicas de meditação e relaxamento podem ser aliadas nesse quesito, visto que o distanciamento social pode vir acompanhado de picos de estresse.

Assessoria de Comunicação | INGOH

Hipertensão e Covid-19

Doença crônica pode ser prevenida, mas mata 10 milhões de pessoas por ano no mundo. No Brasil, os números também são altos, com média anual superior a 302 mil  óbitos. Durante pandemia, estatística de parada cardíaca fora de hospitais subiu 58%.

Em apenas um ano, quase 10 milhões de pessoas no mundo morrem em decorrência da hipertensão. A doença atinge cerca de 4 em cada 10 adultos com mais de 25 anos de idade e é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) e são corroborados por estatísticas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). De acordo com a entidade americana, cerca de 1,6 milhões de mortes são causadas por doenças cardiovasculares na região das Américas. Dessas, meio milhão ocorrem em pessoas com menos de 70 anos de idade – contabilizadas como prematuras ou evitáveis.

O cardiologista do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), Mayler Olombrada, alerta para os dados brasileiros, que também são preocupantes. Ele apontou que, de acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2018), do Ministério da Saúde, o País contabiliza uma média de 34 mortes por hora, 829 por dia e mais de 302 mil no ano. Após pesquisa realizada nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, foi apontado que 24,7% da população nacional apresenta diagnóstico médico de hipertensão arterial.

Essa taxa, nas Américas, chega a 40%, o que significa que cerca de 250 milhões de pessoas sofrem de pressão arterial elevada, segundo estudo da OPAS.

“Diante disso, o que deve ser alertado à sociedade, no Dia Mundial da Hipertensão, celebrado em 17 de maio, por exemplo, é que a doença pode ser prevenida ou adiada, desde que o indivíduo adote um conjunto de medidas preventivas, entre as quais vale ressaltar a redução do consumo de sal, a necessidade de adotar uma dieta rica em frutas e legumes, além da prática de atividades físicas e a manutenção do peso corporal saudável”, recomenda o médico. Dessa forma, a maioria dos óbitos citados acima poderia ter sido evitada. E, pensando nisso, as Nações Unidas adotaram como objetivo reduzir 25% do índice de hipertensão no mundo e 30% do sódio nas refeições, até 2025.

COVID-19 e Hipertensão

Além dos problemas associados à hipertensão por si só, em 2020, o serviço de saúde tem mais uma preocupação com os pacientes hipertensos, pois eles compõem o grupo de risco para complicações associadas à Covid-19, doença provocada pelo novo Coronavírus. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a mortalidade média da Sars-Cov-2 para a população em geral gira em torno de 3%, índice que sobre para 10,5% em pessoas portadoras de doenças cardiovasculares.

Para confirmar essas estatísticas, os estudos iniciais trabalham com várias hipóteses, pois há suspeitas – ainda não evidenciadas – de que o uso de medicamentos indicados para o controle de doenças cardiovasculares favoreça a disseminação do novo Coronavírus. Por medo dessa situação, pacientes têm deixado de tomar os remédios prescritos e, ao apresentarem mal-estar em casa, não procuram um pronto socorro com receio de contaminação pelo vírus. Isso faz com que aumente as chances de complicações relacionadas à hipertensão, como Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto.

Mayler Olombrada, cardiologista do INGOH, observa que o periódico The New England Journal of Medicine apresentou, no último mês de abril, um gráfico com o número de paradas cardíacas que aconteceram fora de ambientes hospitalares durante os primeiros 40 dias de surto de Covid-19, na Itália, comparado ao mesmo período de 2019. Esse tipo de diagnóstico, de um ano para o outro, apresentou um aumento de 58%.

Para se ter uma ideia, entre 21 de fevereiro e 31 de março desse ano, foram relatados 9806 casos de gripe pelo novo Coronavírus na região do estudo. Nesse mesmo prazo, 362 paradas cardíacas foram registradas, enquanto, no mesmo intervalo de tempo, em 2019, esse número foi de 229. “É extremamente importante que o paciente cardiopata não pare o tratamento por conta própria. Manter o contato com o médico, inclusive durante esse período crítico, é essencial, seja de forma presencial ou através das plataformas de Telemedicina que já estão disponibilizadas por várias clínicas”, recomenda o médico.

Assessoria de Comunicação | INGOH